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quarta-feira, 25 de abril de 2012

I CURSO DE EXTENSÃO EM MÍDIA E COMUNICAÇÃO LGBT




Depois do ano de 2011 dedicado aos estudos de gênero, sexualidade e Teoria Queer, é com grande satisfação que daremos início às nossas atividades de extensão neste mês de Maio. 


Nosso curso acontecerá em parceria com o Grupo Ninho de Teatro, que nos abrigará em sua sede nas tardes dos dias 07 a12.


Curso: de 07 a 12 de Maio de 2012
Inscrições abertas até dia: 27 de abril de 2012
Email para envio de inscrição: alexandrenunes@cariri.ufc.br
(Nome, email, telefone, vínculo institucional e justificativa em até 5 linhas da sua participação)
Inscrições grátis com certificado pela UFC
25 vagas
Local: Espaço Casa Ninho / Crato - Ceará


Módulos:
UNIDADE I (4hs/a) – Movimento homossexual; movimento LGBT e as Políticas Queer.
UNIDADE II (4hs/a) – Orientação Sexual e/ou Identidades de Gênero: problematizando as denominações
UNIDADE III (4 hs/a) – Direitos Civis na mídia: o casamento gay, a família homoparental e as vivências não-heteronormativas nos meios de comunicação.
UNIDADE IV (4hs/a) – Pós-Identidades: o queer e o debate contemporâneo
UNIDADE V (6hs/a) – Mídia e LGBTs: a ética do jornalismo e a visibilidade da diferença.


GEMI é o Grupo de Estudos em Gênero e Mídia vinculado ao Curso de Jornalismo da UFC / Cariri.




Agradecimentos especiais a Rômulo Aragão (aragaoromulo@gmail.com) por todo o trabalho visual com logo do grupo e cartaz de divulgação.

domingo, 22 de abril de 2012

XVII Simpósio Baiano de Pesquisadoras/es Sobre Mulheres e Relações de Gênero, Estudos Feministas e de Gênero e as Matrizes de Desigualdades: sexismo, racismo e lesbo-homofobia



XVII Simpósio Baiano de Pesquisadoras/es Sobre Mulheres e Relações de Gênero, Estudos Feministas e de Gênero e as Matrizes de Desigualdades: sexismo, racismo e lesbo-homofobia

Público alvo:


 I. Estudiosas(os) e pesquisadoras(es) baianas(os) envolvidas(os) com o tema.
II. Estudantes de graduação e de pós-graduação, que utilizam as contribuições teóricas do feminismo e as categorias de gênero, raça/etnia, classe, sexualidade e geração.
III. Profissionais, integrantes de Secretarias de Governo, Núcleos de Gênero de Empresas públicas, Sindicatos, Partidos políticos; Assessoras(es) de movimentos sociais e entidades feministas


Prazos:


Apresentação de propostas: 13/03/2012 - 30/04/2012
Correspondência de aceite: 30/04/2012 - 07/05/2012
Inscrições de ouvintes (sem apresentação de trabalho): 13/05/2012



Local do Evento: 


Auditório da Escola Politécnica / UFBA
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas/UFBAReitoria/UFBA


Período: 14 a 16 de maio de 2012


Para maiores informações:  simposio.neim@gmail.com



Contatos:


NEIM – Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher.
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA.
Estrada de São Lázaro, 197 – Federação
Salvador – Bahia - Telefax: (71) 3237-8239
E-mai l: simposioneim2012@gmail.com

sexta-feira, 20 de abril de 2012

JUSTIÇA DO RIO TRANSFORMA UNIÃO ESTÁVEL DE CASAL GAY EM CASAMENTO


Segundo TJ, decisão de desembargadores da 8ª Câmara Cível é inédita.
O direito deve 'caminhar com a evolução dos tempos', diz desembargador.



A Justiça do Rio converteu em casamento a união estável de um casal gay. Segundo informou a assessoria do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) na tarde desta quinta-feira (19), a decisão é inédita. O casal vive junto há oito anos, segundo o TJ. Eles pediram a conversão em outubro de 2011, mas o pedido foi indeferido pelo Juízo de Direito da Vara de Registros Públicos da Capital.

Em resposta à apelação do casal, os desembargadores da 8ª Câmara Cível decidiram converter a união estável homoafetiva em casamento. Segundo o relator do processo, desembargador Luiz Felipe Francisco, o ordenamento jurídico não veda expressamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
“Portanto, ao se enxergar uma vedação implícita ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, estar-se-ia afrontando princípios consagrados na Constituição da República, quais sejam, os da igualdade, da dignidade da pessoa humana e do pluralismo”, afirmou o magistrado.

Em sua decisão, o desembargador Luiz Felipe explicou que se a Constituição federal determina que seja facilitada a conversão da união estável em casamento, e se o Supremo Tribunal Federal determinou que não fosse feita qualquer distinção entre uniões hétero e homoafetivas, “não há que se negar aos requerentes a conversão da união estável em casamento, máxime porque consta dos autos a prova de convivência contínua, estável e duradoura”.

“Ressalte-se, por oportuno, que o Direito não é estático, devendo caminhar com a evolução dos tempos, adaptando-se a uma nova realidade que permita uma maior abrangência de conceitos, de forma a permitir às gerações que nos sucederão conquistas dos mais puros e lídimos ideais”, afirmou o desembargador.
 
Fonte: G1

quarta-feira, 18 de abril de 2012

HOMENS TRANS - SEGREDOS E VERDADES NA TRANSSEXUALIDADE

O Grupo TransRevolução mais uma vez propondo grandes encontros, no dia 27  João Nery será o convidado palestrante .
A palestra tratará temas da realidade Trans e trará a experiência de Jõao Nery autor do Livro premiado Viagem Solitária
Essa não podemos perder!


ENCONTRO COM A DIVERSIDADE: CIDADANIA EM PAUTA



No próximo dia 19 de Abril, a CADS ( Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual da Cidade de São Paulo ) estará promovendo um encontro para discutir a cidadania LGBT na maior cidade da América Latina.


Veja a programação.




10h - Mesa de Abertura
Vereador Floriano Pesaro (PSDB)
Secretário Uebe Rezeck - Secretaria de Participação e Parceria
Ministro José Gregori - Secretário Municipal dos Direitos Humanos 
Franco Reinaudo - Coordenador Geral da CADS - Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual - Prefeitura de São Paulo
Heloísa Gama Alves - Coordenadora Estadual da Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual - Governo de São Paulo
Cássio Rodrigo - Assessor da Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias - Secretaria de Estado da Cultura - Governo de São Paulo


10h50 - Apresentação do Vídeo-aula da CADS e Homenagem aos profissionais que participaram da gravação do Vídeo Aula.


11h30 - Palestra Magna -
“Diminuir Desigualdades, Celebrar a Diferença” - Diversidade Sexual: orientação sexual e identidade de gênero"
Pastor Cristiano Valério - ICM São Paulo
12h20 - Debate


12h50 - Encerramento/Encaminhamentos


"Encontro com a Diversidade: Cidadania em pauta" & “Lançamento do DVD – Vídeo Aula Diversidade Sexual”
Data: 19/04
Local: Plenarinho
Horário: 10:00 às 13:00


Serão homenageados: 
Laura Bacellar - não virá ao evento
Tais Souza
Dindry Buck (Albert Roggenbuck Neto) - TEM QUE ESTAR ASSIM NA PLACA!!!!
Charles Bordin
Eduardo Piza
Beto de Jesus


Quero nas pessoas de Uebe Rezeck e Franco Reinaudo, parabenizar à Prefeitura da Cidade de São Paulo por mais essa medida pró LGBT, que só vem a agregar a nossa luta pela igualdade.

EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE EM VITÓRIA - ES




terça-feira, 17 de abril de 2012

SEJA VIADO, SEJA HERÓI




Um casal gay com olhos perfurados, mortos, com os dedos arrancados no meio de um canavial. Essa imagem não sai da minha cabeça mesmo eu não tendo a visto pessoalmente. Políticos cristãos querendo transformar o Brasil num país de ovelhas e a nossa primeira presidenta que outrora foi revolucionária sorrindo com seus dentes tortos pra todo esse stand up comedy de piadas sem graça.
  
Tive vontade de escrever sobre isso desde que li essa triste notícia mas tudo me deixou tão chocado que resolvi me concentrar mais no meu trabalho até elaborar um discurso que agora se transforma nessas palavras.  Sou artista, preferi pôr em ordem meus trabalhos para as próximas exposições mas mesmo assim essa imagem não saiu da minha cabeça. Pra quem não sabe minha pesquisa artística é relacionada ao homoerotismo e se desenvolveu por uma série de questões sociais - principalmente pela minha própria insatisfação decorrente dessa realidade absurda que vivemos nesse país. Meus trabalhos soam como uma afronta a esse momento retrógrado que vivemos, são provocações haja visto que desenho bandos de homens nus e algumas orgias para não-gays.

“Hoje sou marginal ao marginal, não marginal aspirando à pequena burguesia ou ao conformismo, o que acontece com a maioria, mas marginal mesmo: à margem de tudo, o que me dá surpreendente liberdade de ação – e para isso preciso ser apenas eu mesmo segundo meu princípio de prazer: mesmo para ganhar a vida faço o que me agrada no momento.” (Hélio Oiticica – 1968).

Gays estão lutando por direitos e pela igualdade. Os homens heterossexuais cristãos classe média não gostam disso e reagem contra como podem. Por isso temos essa onda de violência, igrejas mostrando a verdadeira face reacionária, fascista e absurdos como casais gays com olhos perfurados e dedos arrancados em canaviais, orelhas cortadas de pais com filhos confundidos com gays, homossexuais idosos mortos a pedradas, travestis consumidas e assassinadas, lésbicas estupradas, ataques de neonazistas de sangue mestiço e lâmpadas que se quebram nas nossas caras todos os dias.

Se você está vivo, meu amigo, se considere com sorte. O Brasil inteiro está escarrando na sua boca enquanto você ri, enquanto você goza, enquanto você finge que está tudo bem. Você é o novo marginal.

Bastou um único homossexual brutalmente assassinado no Chile para a sociedade toda se levantar e aprovar uma lei contra a homofobia enquanto no Brasil um casal perdeu sua vida, seus olhos e seus dedos e nada mudou. E a culpa é também é sua.

Se você não está contra quem impede que uma lei anti-homofobia seja aprovada no Brasil você compactua com eles. Se você não faz nada contra, suas mãos também estão sujas de sangue.

É meu papel como artista identificar e denunciar o que está errado.

SEJA VIADO, SEJA HERÓI
(pelo menos uma única vez na sua vida)

Escrito por hurtz
Fonte: Mix Brasil

AVON: A NOVA TENDÊNCIA É O CONSERVADORISMO?


Por Marcelo Gerald


Para ler o abaixo-assinado elaborado por ativistas LGBTs. Clique aqui.

Leia Mais Em: http://www.eleicoeshoje.com.br/avon-nova-tendencia-conservadorismo/#ixzz1sGqm3Cuv


A Avon Brasil está no meio de uma polêmica que coloca em risco a imagem da marca de 125 anos no país. O motivo é o fato da empresa disponibilizar em seu catálogo mais de 400 títulos de livros de Silas Malafaia, pastor que mostra ter orgulho de ser o inimigo número um dos ativistas que lutam por direitos e pela igualdade de homossexuais no Brasil.

Segundo o pastor existe um plano do ativismo Gay para instaurar a “ditadura gay” (sic) no Brasil. A falácia é apoiada por parlamentares como Magno Malta e o atual ministro nomeado por Dilma, Marcelo Crivella.

 A polêmica acirrou depois que a editora do pastor trouxe para o Brasil o livro, “A estratégia: o plano dos homossexuais para transformar a sociedade’’. O livro escrito pelo pastor Louis Sheldon é uma proposta pseudo-científica contra a causa LGBT. A obra usa de charlatanismo e conclusões baratas para colocar a população contra homossexuais. Sheldon Chega ao desatino de incluir a homossexualidade como o maior dos problemas em bairros mais pobres. Esse é o tipo de absurdo que teocratas falam e parece que ninguém levará  a sério. Mas infelizmente sempre tem que leva. Em nosso país Crivella, com discurso bem parecido com o de Malafaia, foi nomeado ministro pela presidenta, tornando-se dessa forma mais influente no Planalto.

 No Brasil, embora a Constituição Federal não permita discursos e apologia a práticas que firam a dignidade humana, vem crescendo entre grupos conservadores a reivindicação por uma suposta liberdade absoluta de expressão, nesse caso, a deles, pois todos que pensam diferente devem ser processados. Apesar de orgulhar-se em ser inimigo número um do PLC122 e da causa Gay, hoje em seu programa, o pastor ameaçou processar quem o chama de homofóbico.

 O que a Avon ganha promovendo livros de um autor que dedica a maior parte de sua vida contra o direito de uma minoria?

 Se estivesse analisando programas de TVs eu diria que se ganha polêmica e provavelmente audiência, mas estou falando da imagem de uma marca e quando uma mulher compra batons, maquiagens ou produtos anti-idade ela compra junto esta imagem.

 Fica então a pergunta, que conceito a empresa terá vendendo maquiagem e apoiando alguém que se dedica a pregar contra uma minoria?

 Alguns podem dizer que tudo isso é bobagem, que protestar contra a  AVON seria radicalismo de ativistas, que ela apenas revende os livros do pastor, mas vamos imaginar que uma grande livraria colocasse como destaque em suas vitrines o livro de Adolf Hitler, Mein Kampf como grande sugestão de leitura. Alguém diria que isso é liberdade de expressão? Alguém ousaria dizer que essa livraria vende apenas o livro e que as opiniões escritas por Hitler não representam a filosofia da empresa? Pois é, quando a obra contra judeus foi escrita o autor estava apenas se expressando, o massacre que veio depois nós hoje conhecemos.

 O Brasil está em primeiro lugar do mundo em assassinatos de LGBTs e nem mesmo isso parece sensibilizar a Multinacional AVON, No exterior a empresa foi premiada por promover a igualdade. Parece que por aqui prefere focar no público conservador, mas será que associar maquiagem à dogmas religiosos é mesmo um bom negócio?

 O mercado de cosméticos é um dos que mais cresce no mundo e o Brasil é o segundo consumidor, um erro estratégico pode ser fatal pra permanência de uma marca no mercado. Mesmo que o livro citado não apareça no catálogo da AVON é estranho a empresa apoiar outra que promove este tipo de ideologia.

 Eu conversei com o maquiador Emanuel Silva, que trabalha com diversas marcas internacionais e é consultor estrela na AVON. Ele declarou:

 “Assim que soube que a Avon não pretendia retirar o livro de Silas Malafaia do catálogo, apesar de toda campanha anti-gay que ele vem fazendo publicamente, decidi que precisava me manifestar. Escrevi para a empresa demonstrando minha indignação e pedi cancelamento do meu cadastro. (…) é uma empresa que está no mercado há mais de 125 anos e sempre prezou pelo bom nome, mas enquanto isso não acontece, não cooperarei com a emrpesa.”

 Confira abaixo a resposta genérica que a AVON tem dado a vários ativistas:

 “A Avon tem como um de seus mais importantes pilares o respeito à diversidade, em todos os seus aspectos, e busca atender de forma ampla e democrática aos consumidores de mais de 100 países, oferecendo uma ampla variedade de cosméticos e outros produtos – entre eles os livros -, para atender à pluralidade de preferências, ideias e estilos de vida.

 No que se refere aos livros, oferecemos títulos já consagrados pelo público que espelhem essa diversidade, ainda mais forte em um país multicultural de dimensões continentais. Entendemos que não nos cabe questionar posicionamentos religiosos, políticos ou ideológicos dos autores dessas publicações, mas estamos sempre atentos a opiniões e pontos de vista como os seus, que serão considerados por nossa equipe para aperfeiçoar nossa seleção. Agradecemos por compartilhar sua opinião conosco.”

 Para ler o abaixo-assinado elaborado por ativistas LGBTs. Clique aqui.

A campanha não é contra a marca , mas sim um apelo para que a empresa reveja o seu catálogo

Escreva para o “Fale Conosco” da empresa e deixe seu repúdio contra esta atitude da Avon, clicando aqui.



A OSTENSIVA ONIPRESENÇA DA HOMOFOBIA



Ivone Pita

A violência homofóbica está em todos os lugares. Em nossas próprias casas, em nossas famílias, na escola, no trabalho, na rua, pode estar em um ônibus, no cinema, no teatro, na praia ou em uma caminhada pelo calçadão. A violência homofóbica tem muitas formas e graus de expressão e não tem alvo certo. Como toda violência, torna-se descontrolada e, incontrolável, atinge qualquer um, em qualquer lugar e sob qualquer circunstância. A homofobia é um monstro cruel e de muitas faces - uma criatura implacável, de muitos braços, muitas pernas e muitas cabeças – vazias ou cheias de questões mal resolvidas, de ordem sexual, psicológica e social, perpassa todas as classes, todas as instâncias, tem muitas habilidades e acha até que pode ficar invisível, passar despercebida. Não, não fica. Ela passa despercebida apenas aos mais desavisados. Para nós, seus alvos preferidos, mas não exclusivos, ela é bem chamativa, feia e assustadora.

E, sim, temos medo. Muito medo. Não um medo infundado, paranóico, inventado ou apenas suposto. Nosso medo é muito concreto e nos chega através de palavras violentas, cerceamentos, sangue, dentes arrancados, carne rasgada, órgãos esmagados e ossos quebrados, quando não com a cara da morte. Mas depois tudo se transforma em estatística. E eu quero rostos, quero vozes, quero histórias. Eu quero ver a gente que só quer amar. Quero ver as pessoas que por ousarem ser quem são, foram agredidas, apanharam e sobreviveram. Quero ver como carregam suas dores. Quero ver como andam pelo mundo, como caminham entre as gentes. Como olham para o mundo, o que pensam. Quero que nos digam por quais transformações passaram. Quero que venham a público falarem de seu enfrentamento cotidiano do medo, do rancor, do constrangimento, da vergonha, da raiva, da sensação de impotência. Todas essas coisas que ninguém quer ver, das quais ninguém quer saber.

A violência que sofremos nos chega sob tantas formas e por tanto tempo. Quando cada caso de agressão, de desrespeito, de morte, de ofensa de negação de direitos termina em apenas um apanhado de números. Quando anúncios espalhados em outdoors dizem que não deveríamos existir. Quando todos nos dizem quem podemos ou não amar. Quando por toda nossa infância, adolescência e juventude nos cobram a respeito de quem namoramos. Quando não podemos ser quem somos no trabalho. Quando temos de esconder quem somos na escola. Quando somos perseguidos na vizinhança, na família, no colégio, na faculdade. Quando procuram e propõem nossa cura. Quando não podemos beijar livremente quem amamos nas ruas. Quando andar de mãos dadas se torna uma temeridade. Quando mesmo um falar ao telefone precisa ser cercado de cuidados e disfarces. Quando nos apontam por nossas roupas, quando somos as personagens principais de piadas caricaturais, ofensivas, que ridicularizam e estigmatizam.

Em todos os modelos de vida e janelas para o mundo, seja na TV, em filmes, revistas ou qualquer outro meio, se não somos estigmatizados ou esmagados pela heteronormatividade, sofremos, no mínimo, omissão. Desde muito cedo, de lembranças imemoriais, nos ensinam que somos um erro, um pecado, uma doença, uma abominação, uma aberração, uma perversão ou quaisquer outros dos tantos nomes com os quais se esmeram em nos rotular. Por tudo isso, é surpreendente que resistamos tanto a tantas intimidações, sem nos tornarmos pessoas absolutamente inseguras, vulneráveis e de baixíssima auto-estima. É incrível superarmos tanta estigmatização e não aceitarmos viver segregados. É de uma força admirável que consigamos construir relações afetivas saudáveis, vidas profissionais de sucesso, carreiras sólidas, amizades duradouras e constituir família. É fantástico não enlouquecermos, não sucumbirmos à opressão que nos é imposta desde nossa mais tenra idade, sem data para término e por todos os dias de nossas vidas. É absolutamente admirável nosso enfrentamento diário e mais ainda por se dar entre risos, danças, amores, alegria e uma inabalável crença em um futuro melhor. Sim, termine de ler este texto, corra para o espelho, se olhe bem nos olhos, olhe bem mesmo, fixamente, e vá lá, você tem todo o direito de dizer: eu sou foda!

Fonte: Gay 1
Por Ivone Pita Siga @ivonepita no twitter e seja amiga no facebook.

domingo, 15 de abril de 2012

GAY IMPEDIDO DE DOAR SANGUE EM BH ABRE DEBATE NA SAÚDE PÚBLICA


Por Rachel Duarte
A menos de um ano da nova portaria do Ministério da Saúde que prevê a autorização de doação de sangue por homossexuais, um caso em Belo Horizonte (MG) alerta para a possível necessidade de revisão de um dos critérios da mesma portaria. Danilo França, 24 anos, foi impedido de doar sangue na última terça-feira (10), por ser homossexual. De acordo com a norma do MS, baseada em estudos da Organização Mundial de Saúde, homens que tiveram relações sexuais com outros homens nos últimos 12 meses não podem doar sangue. A medida adotada de forma rigorosa pode estar mantendo viva a tese preconceituosa da década de 80, quando a Aids era associada como a “doença dos gays”.
“Era a primeira vez que estava indo doar sangue. Esperei por duas horas na fila e na entrevista respondi que tinha um companheiro fixo há mais de três anos. Na hora me foi dito que eu não poderia doar. Sai e fiquei frustrado diante do argumento da portaria e constrangido diante dos meus colegas”, contou Danilo em conversa com o Sul21.
A doação de sangue estava sendo promovida na empresa onde Danilo trabalha e não esconde a orientação sexual, por meio de um mutirão da Fundação Hemominas. Segundo ele, a entrevista com o médico na hora da doação mudou a partir do momento em que ele declarou sua orientação sexual.

Entrevista para doação de sangue segue legislação federal | Foto: Reprodução / Sul21
Depois dessa resposta, Danilo alega que o profissional da saúde reagiu de forma diferente e fez mais outras perguntas sobre a vida sexual homossexual dele. Logo após, informou, com base na apostila do Hemominas, que Danilo não poderia ser doador. “É um critério que coloca homossexuais no tal grupo de risco, como se ser gay fosse condição de risco ou de doença”, afirma.
Após o episódio, no qual Danilo conta ter passado por constrangimento diante dos colegas ao deixar a sala e dizer que não seria e porque não seria doador, o jovem buscou esclarecimentos junto ao Hemominas e ao Ministério da Saúde.
A médica responsável pelo setor de Hematologia e Hemoterapia da Fundação Hemominas, Flávia Loureiro, afirma que o trabalho dos profissionais do Hemominas na hora da triagem é padronizado dentro da legislação federal. “Nas situações de risco acrescido, como chamamos estes casos, o comportamento sexual é analisado para verificar se a pessoa esteve exposta a situações de risco de saúde”, fala. Segundo ela, o questionário aplicado em Danilo é o disponibilizado pelo Ministério da Saúde e a orientação é de não haver discriminação na conduta da triagem. “Não entendemos que o doador é inapto apenas pelo comportamento sexual. Mas seguimos as normas federais. Compreendemos a frustração de Danilo e das pessoas que são impedidas de doar sangue, que é um gesto de solidariedade e nos auxilia muito nos estoques de bolsas que salvariam outras vidas”, disse.
“A orientação sexual não deve ser usada como critério para doadores de sangue”, diz nova portaria
Em 2011, o Ministério da Saúde consolidou um importante passo para o avanço na saúde pública brasileira. Diferente dos países da União Europeia e dos Estados Unidos, a regra para inclusão de homossexuais masculinos foi flexibilizada para aceitar os gays que não tiveram relações sexuais nos últimos 12 meses. “Em outros países eles são banidos completamente”, afirma o coordenador de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Guilherme Genovez.
Segundo a nova portaria do Ministério da Saúde, “a orientação sexual (heterossexualidade, bissexualidade, homossexualidade) não deve ser usada como critério para seleção de doadores de sangue, por não constituir risco em si própria”. Porém, a mesma portaria acaba estipulando um prazo quase inviável para um homossexual com vida sexual ativa ou com companheiro fixo, como é o caso de Danilo França.
A inaptidão para doação de sangue por homens que fazem sexo com homens dentro deste prazo segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e está fundamentada em estudos epidemiológicos que apontam que a epidemia de HIV/Aids ainda é concentrada entre os homossexuais. De acordo com o MS, a probabilidade de contágio entre os homens que fazem sexo com homens é cerca de 11 vezes maior que entre os heterossexuais.

Guilherme Genovez: "a janela imunológica pode levar até 21 dias. Não podemos arriscar a segurança das pessoas que serão beneficiadas com o sangue depois” | Foto: Ministério da Saúde
“O problema é que, com a transmissão transfusional do HIV se deu de forma muito catastrófica no Brasil nos anos 80 e várias pessoas contaminadas na época eram homens que faziam sexo com outros homens, acabou ficando esta associação. Porém, a janela imunológica entre a exposição em uma relação sexual até o vírus ser detectado no exame pode levar até 21 dias. Não podemos arriscar a segurança das pessoas que serão beneficiadas com o sangue depois”, alerta Genovez.
Segundo ele, o percentual de casos de sorologia positiva para HIV é de até 14% nos homossexuais que fazem exame. “Muitos procuram na doação de sangue a forma de fazer o teste. Têm receio de assumir sua sexualidade ou ainda não estão bem resolvidos e optam por ser doadores quando querem testar a sorologia”, conta. Mais de 80% dos gays homens que procuram os hemocentros procuram com a expectativa de fazer exame ou monitorar, acrescenta Genovez.
Gays não são doadores porque fazem “sexo traumático”
Nem todos os homens que fazem sexo com homens são gays, mas todos os que tiveram relações entre homens são banidos da doação de sangue. A regra do Ministério da Saúde condiciona um homossexual masculino a não ter relação sexual por um ano para poder doar sangue, e os responsáveis garantem que o critério se comprova cientificamente necessário. As relações sexuais entre homens são chamadas tecnicamente de ‘sexo traumático’ que aumenta a porta de entrada para doenças. Mulheres que admitem praticar sexo anal durante a entrevista, também são impedidas de doar sangue.
“O coito anal impede a doação, assim como as pessoas que têm relação promiscua, e isso pode ser heteros, bissexuais ou quaisquer pessoa. Mais de uma relação sexual desprotegida por ano já não pode ser doador. Tem que ser rígido para evitar os riscos de não identificar os diferentes vírus. Já aconteceu de uma bolsa de um indivíduo destes ser colocadas em bolsas de transfusão de 10 crianças na UTI neonatal de um hospital, ainda bem que evitou-se uma tragédia”, relata o coordenador do MS.
Quem faz parte do grupo de risco?
De acordo com a portaria do Ministério da Saúde também são considerados integrantes do grupo de risco as pessoas com mais de um parceiro sexual, quem tenham feito sexo em troca de dinheiro ou de drogas, vítimas de violência sexual e que tenham colocado piercing ou feito tatuagem sem condições de segurança adequada. Entre os inaptos à doação de sangue estão os que tiveram hepatite após os 11 anos de idade, usuários de drogas ou quem ingeriu bebidas alcoólicas, se expôs a situações de risco acrescido para doenças sexualmente transmissíveis ou teve gripe, resfriado ou diarréia nos sete dias anteriores à doação.
De acordo com a especialista em Hematologia e Hemoterapia da Fundação Hemominas, Flávia Loureiro, os homossexuais homens que mantiveram relação nos últimos 12 meses não são incluídos no Grupo de Risco da instituição. “A relação sexual em si já é um risco de se contrair infecção. Não adotamos conceitos de risco ou grupo de risco para relações homossexuais. O critério básico que utilizamos na saúde é a prevalência para afirmarmos quantos casos efetivamente são reais dentro de uma determinada população para podermos tomar as medidas epidemiológicas. Há países que gays podem doar sangue porque os índices epidemiológicos de gays e heteros são os mesmos já”, explica.

Um doador de sangue pode salvar até três vidas | Foto: Elza Fiúza/ABr
No Brasil, o Ministério da Saúde ainda desenvolve estudos para aplicação de novas tecnologias nos exames sorológicos. “Estamos prevendo adotar um inibidor, uma substância misturada no sangue que matará tudo que está naquele sangue. Isto permitirá não descartar nenhum doador”, fala. Outro método que poderia auxiliar na redução do tempo exigido pelo MS para os doadores homossexuais não terem relação sexual é o teste NAT, já aplicado no Hemominas. “Até o final do ano vamos disponibilizar em todo país. É um exame de biologia molecular capaz de verificar a defesa do vírus nas pessoas e reduzir o tempo da janela imunológica em até 10 dias”, explica o coordenador de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Guilherme Genovez.
Enquanto isso, Geovanez afirma que o Ministério da Saúde capacita os profissionais da saúde para um atendimento livre de preconceito na área da saúde pública. Porém, com as atuais regras, Danilo França já admite que não terá condições de doar sangue. “Eu estou em dia com minha saúde e me cuido. Mas não vou mais pensar em doar sangue se for com estas condições”, fala, sendo mais um na estatística dos não-doadores e que poderiam estar salvando até três vidas com a coleta de sangue.

Fonte: Sul21

ABAIXO-ASSINADO AVON, NÃO PROMOVA NEM FINANCIE INDIVÍDUOS QUE DISSEMINAM DISCURSOS DISCRIMINATÓRIOS


A AVON, criada há mais de 120 anos, é hoje uma das mais importantes empresas de cosméticos em todo o mundo, e realiza no Brasil, através do Instituto Avon, campanhas sobre a prevenção do câncer de mama e contra a violência doméstica, declarando-se empresa engajada em questões de Responsabilidade Social e defensora dos Direitos Humanos. É um disparate, portanto, que uma empresa que declara acreditar em ações transformadoras e lutar pela promoção da igualdade entre gêneros, disponha-se a comercializar livros do pastor Silas Malafaia. 


Como todos sabem, o referido autor se autodenomina “o inimigo número 1 dos homossexuais” e dissemina sua homofobia em larga escala, através de canal de TV, em livros, artigos, site e em cultos Brasil afora, onde são mortos centenas gays, lésbicas, travestis, transexuais e bissexuais, a cada ano, com requintes de crueldade. Todos crimes de ódio, alimentados e incentivados por discursos de intolerância e guerra declarada a cidadãos LGBTs. Portanto, considerando que os produtos AVON são usados por diversas pessoas em seus lares e em suas profissões, como cabeleireiros, maquiadores, estilistas e, dentre todos eles, inúmeros cidadãos LGBTs, solicitamos que a AVON suspenda imediatamente a comercialização de qualquer obra que promova discursos discriminatórios (sexismo, machismo, racismo, homofobia etc.) - não somente relativos à comunidade LGBT - bem como qualquer obra que seja de autoria ou que esteja ligada a pessoas que promovem estes discursos, o que, obviamente, lhes conferindo lucro, colaboram no financiamento destes discursos intolerantes, incentivadores diretos da violência sofrida por cidadãos brasileiros.


Certos de contar com o imediato deferimento desta renomada empresa, com quem sempre contamos em momentos de festas e alegria, subscrevemo-nos, 


Janaina Sant Anna 
Priscila Bastos

Click e assine a petição.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

WORKSHOP DE DIVERSIDADE SEXUAL


CURSOS SOBRE DIVERSIDADE NA ESCOLA



UFRJ abre inscrições de cursos de extensão para educadores/as

Estão abertas as inscrições para os cursos de extensão realizados pelo projeto Diversidade Sexual na Escola da UFRJ. Em 2012, serão oferecidos dois cursos. Um intitulado Diversidade Sexual e de Gênero na Escola, aberto a qualquer profissional de educação. Além de uma turma no Centro do Rio e outra na Cidade Universitária, serão abertas duas turmas em Niterói, em parceria com a Fundação de Educação do município.

Outro curso oferecido se chama Diversidade na Escola e, além do conteúdo do primeiro, agrega dois módulos adicionais: "Juventudes" e "Diversidade étnico-racial". Esta edição é desenvolvida em parceria com a Prefeitura do Rio, através do programa Rio Escola Sem Preconceito e voltado prioritariamente para profissionais da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro.

Os cursos são inteiramente gratuitos e dirigidos a todos/as os/as profissionais que atuem na rede pública de educação básica – professores/as, gestores/as, diretores/as, coordenadores/as pedagógicos/as, orientadores/as pedagógicos/as ou educacionais, profissionais administrativos/as e de apoio. Podem se inscrever também profissionais da rede privada, estudantes de cursos de graduação e de formação de professores; profissionais de saúde; pesquisadores e militantes em sexualidade e direitos humanos, de acordo com a disponibilidade de vagas.

O Projeto Diversidade Sexual na Escola é uma realização da Universidade Federal do Rio de Janeiro, vinculado à Divisão de Integração Universidade Comunidade da Pró-Reitoria de Extensão, realizado em parceria com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação. Como ações principais, o projeto realiza atividades de formação e sensibilização junto a profissionais de educação da rede pública e estudantes da educação básica, além do desenvolvimento de materiais de orientação para educadores.


Inscrições e mais informações: (21) 2598-9266   ou  diversidade@pr5.ufrj.br

OFICINA DE POLÍTICA (S) QUEER e terrorismo de genero


A Cia.Revolucionaria Triangulo Rosa orgulhosamente reinicia as oficinas de formação politica com a pesquisadora Tatiana Lionço.

Local: Balaio Café
Cln 201 Bl B, s/n LJ19, Brasília, Brazil
Informações: ciatriangulorosa@gmail.com


FÓRUM DAS COMISSÕES DA DIVERSIDADE SEXUAL DA OAB REGIÃO SUDESTE


sábado, 7 de abril de 2012

Ciclo de Palestras de Direito Homoafetivo - OAB/RJ


Programação do Ciclo de Palestras da OAB/RJ
Mês de Combate a Homofobia e Comemoração de 1 ano da decisão do STF

Seminário em conjunto: CDHO e ESA

Vagas Limitadas

Local: OAB – 9° andar

De 07/05 a 10/05 e de 14/05 a 17/05.

Horário: das 18h às 21h.

Inscrições: 2272-2053 e 2272-2054


PROGRAMAÇÃO:

Dia 07/05/2012:

Palestra Magna de abertura:

Maria Berenice Dias – Advogada, Desembargadora Aposentada do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Presidente da Comissão Especial de Direito Homoafetivo do Conselho Federal da OAB, Vice-Presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família - IBDFAM.

Homenagem a Cláudio Lemos, ativista social.

Palestra: A união estável homoafetiva e a decisão do STF;

Palestrante: Raquel Castro – Advogada, Presidente da Comissão de Direito Homoafetivo da OAB-RJ, Membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família - IBDFAM.

Dia 08/05/2012:

Palestra: Estatuto da Diversidade Sexual e avanços legislativos

Palestrantes: Ana Gerbase – Advogada, Vice-Presidente da Comissão de Direito Homoafetivo da OAB-RJ, Diretora da Associação Brasileira Criança Feliz – RJ.

Silvana do Monte - Advogada, membro da Comissão de Direito Homoafetivo da OAB-RJ, Coordenadora dos Grupos de Apoio à Adoção Ana Gonzaga I e II, Diretora Jurídica da ANGAAD – Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção, Presidente da Comissão de Adoção do IBDFAM – Instituto Brasileiro de Direito de Família.

Aline Pedretti - Advogada, membro da Comissão de Direito Homoafetivo da OAB-RJ.

Dia 09/05/2012:

Palestra: Alienação Parental – Pais homoafetivos

Palestrante: Ana Gerbase – Advogada, Vice-Presidente da Comissão de Direito Homoafetivo da OAB-RJ, Diretora da Associação Brasileira Criança Feliz – RJ.

Dia 10/05/2012:

Palestra: Adoção por casais homoafetivos.

Palestrantes: Silvana do Monte - Advogada, membro da Comissão de Direito Homoafetivo da OAB-RJ, Coordenadora dos Grupos de Apoio à Adoção Ana Gonzaga I e II, Diretora Jurídica da ANGAAD – Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção, Presidente da Comissão de Adoção do IBDFAM – Instituto Brasileiro de Direito de Família.

Marcos Gladstone - Advogado especialista em Direito do Consumidor e da Concorrência pela FGV, membro da Comissão de Direito Homoafetivo da OAB/RJ. Teólogo especialista pela Universidade Metodista Bennett do RJ. Presidente e fundador da Igreja Cristã Contemporânea. Autor do livro: A Bíblia sem preconceitos.

Flavio Inácio - Pastor da Igreja Cristã Contemporânea e pai adotivo.

Dia 14/05/2012:

Palestra: O casamento civil igualitário e o posicionamento do STJ

Palestrantes: Camila Marchi – Advogada, membro da Comissão de Direito Homoafetivo da OAB-RJ.

Jean Wyllys – Deputado Federal.

Dia 15/05/2012:

Palestra: Escritura de União Estável Homoafetiva, conversão e habilitação para casamento.

Palestrantes: Edyanne Frota – Tabeliã do Cartório do 7° Ofício de Notas da Capital/RJ, Diretora do Colégio Notarial do Brasil, Membro da União Internacional do Notariado, Membro colaborador da Comissão de Direito Homoafetivo da OAB-RJ, Membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM, Doutoranda em Direito, em Buenos Aires, Argentina.

Giulia Giannotti – Advogada, Membro da Comissão de Direito Homoafetivo da OAB-RJ.

Cristina Cruz - Advogada, Membro da Comissão de Direito Homoafetivo da OAB-RJ, Conciliadora da 15ª Vara de Família da Capital, Membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família – IBDFAM.

Dia 16/05/2012:

Palestra: Gênero e identidade sexual – uma abordagem metajurídica

Palestrante: Rita Colaço – Oficial de Justiça do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Mestre em Política Social pela UFF, Doutoranda em História pela UFF.

Palestra: Implicações jurídicas da Transexualidade

Palestrantes: Patrícia Sanches – Advogada, Doutoranda, Professora da EMERJ e da ESN, membro da Comissão de Direito Homoafetivo da OAB-RJ, Membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família - IBDFAM.

João W. Nery – transexual, autor do livro “Viagem solitária”.

Dia 17/05/2012:

Palestra: Homofobia

Palestrantes: Flavio Fahur – Advogado, Membro da Comissão de Direito Homoafetivo da OAB/RJ, colaborador junto à ALERJ (Comissão de Combate às Discriminações e Preconceitos de Raça, Cor, Etnia, Religião e Procedência Nacional) sobre elaboração de Projetos de Lei afetos à diversidade sexual.

Márcia Costa - Advogada, Membro da Comissão de Direito Homoafetivo da OAB-RJ.

Palestra de encerramento: Claudio Nascimento – Superintendente da SUPERDIR.

Coquetel de encerramento.

Fonte: Cristina Cruz Adv. Associados.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Debate no IFCS: O Brasil é Laico?


Aconteceu em 3 de Abril às 18 hs o debate no IFCS - Largo de São Francisco, 1 Centro RJ 
Tema: O Brasil é Laico?
Estiveram presentes no debate:



O debate “O Estado é Laico?” no IFCS foi excelente!
Encerramos por volta de 21:30, mas com muita vontade de permanecer. 
Eu, Janaina Sant Anna abri o debate apresentando a PEC 99 e, na sequência, Professor Paulo Baía apresentou brilhantemente uma leitura das revoluções ocorridas no mundo destacando a laicidade de cada proposta. Identificamos em sua apresentação os diversos contextos laicos e não laicos das nações e discutimos a laicidade no Brasil.
Adailton Moreira deu continuidade ao debate apresentando o trabalho realizado na SUPERDIr-SEASDH, compartilhando conosco sua experiência e os diversos enfrentamentos e avanços do trabalho realizado.
Contamos com a apresentação acalorada de Nubio Revoredo que trouxe textos de diversos Projetos de Lei que afrontam a Constituição Federal e a laicidade Estatal e também com a Drª Heloísa Helena que apresentou a legislação vigente , destacando trechos da Constituição Federal e estimulando ainda mais a discussão.
O público brindava com os olhos as discussões, deixando claro em cada olhar atento e em cada intervenção a reflexão sobre as falas dos integrantes da mesa. 
Agradeço a todas e todos que contribuíram e participaram do evento, sobretudo à Lidi de Oliveira, João Alfredo Priscila Bastos , Fátima Baião, Ernesto Caxeiro, Rodolfo Lobato, e Erzulie Doth Lavigne.
A vontade de permanecer, o envolvimento dos presentes, o teor das discussões, a necessidade de troca, a relevância da proposta ... tudo isso provocou uma demanda coletiva de que esse evento não se encerrasse em si mesmo e um eco surgiu na fala do público: nascia então a proposta de um fórum permanente para discutirmos e compartilharmos questões tão importantes e urgentes quanto esta.
Neste momento estamos construindo o grupo virtual e marcaremos o nosso próximo encontro para formalizarmos o desejado e imprescindível fórum que será aberto à sociedade para que possamos construir na coletividade um instrumento de relevância social e política.
Janaina Sant Anna